10 mil soldados norte-coreanos estão sendo preparados para se juntar às tropas russas, afirma Zelensky
Secretário-geral da Otan disse que 'não há provas' da participação dessas tropas no conflito
10/18/20242 min read


O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira que a Coreia do Norte está preparando cerca de 10 mil soldados “no seu território” para se juntarem às tropas russas. O presidente ucraniano já tinha afirmado em 13 de outubro que a Coreia do Norte estava fornecendo soldados ao exército russo, embora não tenha mencionado números na ocasião.
Os norte-coreanos “estão preparando 10 mil soldados no seu território, mas ainda não os transferiram para a Ucrânia ou para a Rússia”, disse Zelensky após reuniões com os ministros da Defesa da Otan. “Temos informações de que a Coreia do Norte enviou pessoal técnico e oficiais para a Ucrânia, para territórios temporariamente ocupados” pela Rússia, disse.
O governo ucraniano suspeita que a unidade de soldados norte-coreanos esteja se preparando na região de Ulan-Ude, perto da fronteira com a Mongólia, antes de ser enviada para a província russa de Kursk, onde as forças ucranianas lançaram uma incursão em agosto.
“Eles poderiam proteger algumas seções da fronteira russo-ucraniana, o que liberaria unidades russas para lutar em outros lugares”, disse Valeriy Ryabykh, editor da publicação ucraniana Defence Express.
O comandante do Exército dos EUA no Indo-Pacífico, General Charles Flynn, disse em evento em Washington que o envolvimento de soldados norte-coreanos no conflito permitiria a Pyongyang obter informações em tempo real sobre suas armas, algo que não era possível no passado.
“Isso é diferente porque eles estão fornecendo recursos e — segundo informações de fonte aberta — há mão de obra que também está lá”, disse no Center for a New American Security.
“Esse tipo de feedback de um campo de batalha real para que a Coreia do Norte possa fazer ajustes em suas armas, munições, capacidades e até mesmo em seu pessoal — para mim, é muito preocupante”, afirmou.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um tratado com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, quando visitou Pyongyang em junho, e disse que o tratado incluía uma cláusula de assistência mútua segundo a qual cada lado concordava em ajudar o outro a repelir agressões externas.